Quem nasceu a partir década de 2010,não é familiarizado com um mundo sem internet, alta tecnologia, junto com a capacidade de difusão de informação instantânea, publicada, editada ou divulgada por terceiros. Essa é o grande dilema, na modernidade, sobre fake news e de como a informação de transforma no meio do caminho. Isso não acontecia com os livros. Porque também a publicação não era uma febre mercadológica da pós modernidade. Estudos, teses, teorias e a própria literatura refletindo a cultura de uma época, desenvolvidas por pessoas que se dedicavam a sua área de atuação. Até porque, o conhecimento era um luxo. Para eruditos, doutores e mestres que se dedicavam arte da observação e experimentação. Assim, todo o conhecimento de uma época reflete, para mais ou para menos, uma balança de preceitos e crenças para os dilemas e respostas que a sociedade precisava.
As revoluções industriais por exemplo, todo o conceito de administração, marketing, finanças, mercado, assim com o valor que se dá a essas novas profissões, geraram um conjunto de conhecimento estudado, analisado e discutido que se tornaram os livros de referência de hoje.
Quem nasceu antes da década de 2010, de alguma forma é familiarizado com as bibliotecas escolares e municipais para fazer pesquisas, estudos escolares ou até mesmo para acompanhar as aulas. A diferença para hoje em dia é o processo minucioso que requer um livro, de não dá ao pesquisador uma reposta pronta e imediata ao que se está buscando. É preciso analisar a informação, os processos de construção de um objetivo, até conceber um ponto de vista. E é isso que uma biblioteca ou livraria nos proporciona.
Uma das primeiras bibliotecas, talvez a mais importante surgiu em virtude de Alexandre Magno, o grande, imperador, que ao fundar a cidade de Alexandria dedicou a reunir todo o conhecimento das regiões que conquistava e transformou a cidade em um centro cultural e de erudição para fins políticos e econômicos , permanecendo assim por mais de 900 anos. Mas foi queimada de muitas e variadas formas. Em 2001, o Egito, em parceria com UNESCO revitalizou o espaço para tornar de novo um centro cultural
A biblioteca foi declarada em 1994, através de um manifesto da UNESCO como essenciais para a promoção da paz, do bem-estar uma vez que ela é fonte de desenvolvimento, liberdade e prosperidade do indivíduo e da sociedade em si. É dever do estado ou município criar condições adequadas para implantação e manutenção de bibliotecas. Mas essas instituições passam por dificuldades típicas de países subdesenvolvidos e que não estimulam o desenvolvimento da população.
O que você pode encontrar em qualquer biblioteca:
Pessoas: Nos países nórdicos a frequência da população em bibliotecas locais chega a mais de 50%, então parece um bom lugar para fazer amizades ou tirar dúvidas sobre o local, além de indicações. Os bibliotecários são instruídos a ter muita informações sobre o que catalogam, então é possível ganhar algumas dicas a respeito.
Referências: O acervo pode conter desde livros milenares, inscritos, pergaminhos de tempos remotos, primeiras versões de escritores consagrados até atualidades e periódicos que descrevem como vivem. Como é feita para atender a população, é possível fazer cadastro para empréstimos de 8 à 15 dias, com possibilidade de renovação, para alguma parte do acervo em específico. E também indicações dos livros mais lidos ou de referências de autores locais.
Programação local: É possível que ainda existam calendários de atividades e eventos, exposições, sarais para declamação de livros, simpósio sobre algum tema social ou até lançamentos, onde também é possível conhecer pessoas e sondar a cultura local.
Ao colocar as bibliotecas em seu destino turístico, além de apoiar o estímulo ao desenvolvimento humano, é possível aproveitar uma forma nova de conhecer a região através das letras. E uma ótima forma de começar é passeando pelas bibliotecas dos lugares onde visita, a começar pela a da sua própria cidade.
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