A nossa viagem cultural começa por ALEXANDRIA, cidade portuária, situada ao norte do Egito fundada por ALEXANDRE MAGNO, O GRANDE, que fez dela a sua capital, enquanto conquistava o grande império da Macedônia.
Alexandre
O grande, como é conhecido, assumiu o trono em lugar de seu pai e
comando do exército. Ao seu comando, construiu um império
conquistando território em toda península balcânica no perímetro
do mar mediterrâneo. Mas para além de uma dominação econômica e
política, se dedicou a uma dominação cultural, difundindo o
helenismo, que é a fusão da cultura grega com as dos países que
ele conquistava. Ele era pupilo de Aristóteles, fundador do Liceu, o
primeiro sistema de universidade para a junção de um conhecimento
combinado e também um entusiasta politeísta, consultando as
tradições místicas para consultar os deuses através dos seus
oráculos. Ele acreditava ser a própria encarnação de um deus, que
o dava invencibilidade nas batalhas.
Quando
Alexandre morreu, o seu reinado foi divido em duas linhagens de
generais: As dos Ptolomeu I que ficou com a parte sul do império,
incluindo o Egito e os Seleucos que ficaram com a parte norte. Com a
morte de Alexandre, também terminou o período helenístico que
representava a ode pelo politeísmo, o sincretismo cultural e começou
o predomínio da era medieval que veio junto com a era cristã. Ou
seja, a crença em um único deus, o monopólio do conhecimento pela
igreja e as grandes batalhas e cruzadas medievais por território.
Imagine
que os Ptolomeus que eram mais inclinados ao modelo de MAGNO e
atribuíam as conquistas a um conjunto deuses, e absorvia a cultura
de outros povos, enquanto os Seleucos estavam mais imbuídos pela era
medieval, em que a partir daí construiu toda a Europa. E aqui é
possível conjecturar como o declínio do helenismo, com um pano de
fundo político culminou na destruição do que foi a primeira e
maior biblioteca do mundo. Com um acervo de quase 1 milhão de
livros ou pergaminhos ,sua fundação foi atribuída a Ptolomeu I ,em
Alexandria, que como era uma cidade portuária, obrigava todos os
navios a permitir a transcrição dos pergaminhos que viajavam com
eles. A biblioteca, que também podia ser um templo que contemplavam
vários deuses, passou por vários processos de degradação, que
destruíram grande parte do acervo original mas que é incerto como
isso aconteceu.
Por fim, em 1991, com o patrocínio da UNESCO, projetado por uma equipe norueguesa e o então presidente do Egito, a biblioteca foi reconstruída e hoje abriga um centro cultural, junto de um acervo por volta de 2 milhões de livros.
Ela fica localizada a 17 minutos do aeroporto internacional de Alexandria, em um quarteirão que abriga universidade de direito e artes, a Escolástica de Alexandrina e um Planetário Science center, além de alguns monumentos e pontos turísticos, próximos.
Saiba mais em: Como chegar em Alexandria
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